A Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (ANSR), com o apoio da IP, está a divulgar o Regulamento de Sinalização do Trânsito (RST) através da Campanha “Novos Sinais, maior Segurança”. Esta primeira grande revisão ao RST, aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 22 -A/98, de 1 de outubro, aperfeiçoa e atualiza a sinalização rodoviária em conformidade com o Código da Estrada em alinhamento com o Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária - PENSE 2020.
O Regulamento, que entra em vigor dia 20 de abril, introduz novos sinais que promovem o reforço da segurança rodoviária em meio urbano, maiores benefícios em termos ambientais, procurando contribuir para a redução do ruído e melhoria da qualidade do ar. A título de exemplo, o Sinal H46 - Zona Residencial ou de Coexistência - indica a entrada numa zona concebida para utilização partilhada por peões e veículos, cuja criação obedece a princípios e critérios específicos definidos no Manual de apoio às “Zonas Residenciais ou de Coexistência” elaborado e aprovado também pela ANSR.
O RST atualizado introduz ainda novos sinais de informação, de indicação turística, geográfica, cultural e ecológica, entre os quais:
- A19c | Linces-ibéricos: indicação de que a via pode ser atravessada por linces ibéricos
- A19d | Anfíbios: indicação de que a via pode ser atravessada por anfíbios.
Para informações consulte o site da ANSR.
Recorde-se que em 2019, a IP instalou alguns sinais de sinalização vertical rodóviária de perigo de atravessamento de anfíbios nos troços da EN114 e EN4, no distrito de Évora. Este sinal foi concebido no âmbito do Projeto LIFE LINES, do qual a IP é parceiro beneficiário, e visa alertar o condutor para zonas de atravessamento de anfíbios (rãs, sapos e salamandras), que têm o hábito de efetuar migrações em massa nas primeiras noites de chuva, sendo atropelados e causando más condições de aderência do pavimento devido à acumulação dos restos mortais no piso molhado.
A localização dos sinais foi validada no âmbito dos estudos de investigação desenvolvido pela Universidade de Évora, cujos resultados apontaram, de forma rigorosa, os segmentos com maior ocorrência de anfíbios. A instalação do sinal foi autorizada pela ANSR e visa alertar o condutor para a possível existência de más condições de aderência do pavimento, devido à acumulação de restos mortais de anfíbios no piso molhado (peles “escorregadias”), levando o condutor a tomar uma atitude mais defensiva e a reduzir a velocidade.
